Eu vejo coração em todas as coisas que olho...




Eu vejo coração em tudo

Você já deve ter ouvido uma canção que fala de coração despedaçado ou partido...Aliás o coração partido é um dos sentimentos mais revelados nas músicas e creio que há cerca de 2 bilhões de canções sobre esse tema tão instigante e que é uma das maiores fontes de inspiração para os compositores.

Pois é gente,  mais uma vez a maré me engoliu e de novo me sinto quebrada. Mas por que tudo isso? Deve ser a profusão de sentimentos que brota dentro de mim. Confesso que de uns tempos para cá eu vejo coração em tudo o que olho e tudo parece ser coração. Não sei o que é isso,  mas creio que a música possa explicar. 

E para abrandar o enigma dos corações partidos  trago o  mestre neste quesito: o cantor Al Green, que foi a última grande voz da música soul.

Al Green


A voz de Al Green é frequentemente comparada a uma mistura perfeita entre romance e dor... Embora considerado por muitos como o último grande artista da geração da música soul, o cantor norte-americano não soa nada parecido com os seus predecessores.

Com o seu falsete característico e único, capaz de provocar verdadeiras explosões de arrepios, como acontece no clássico Let’s Stay Together, 
Al Green esteve principalmente em alta durante os anos 70, alcançando o top 10 das paradas mais do que uma vez.

Albert Green nasceu em Abril de 1946, em Arkansas. Ainda em pequeno começou a atuar com os seus cinco irmãos mais velhos, conhecidos localmente por Greene Brothers. Apesar de serem muito pequenos começaram desde cedo a criar boa reputação e a lançar as sementes para o sucesso.


No final dos anos 50, sucedeu-se então um momento marcante para a história de Al Green: o pai expulsou-o de casa quando o encontrou a ouvir o mítico Jackie Wilson, considerado o Elvis Presley negro! Uma vez que a família Greene era profundamente devota à igreja católica, o recém-descoberto interesse musical de Albert foi motivo suficiente para que fosse colocado fora de casa. Que trágico...


Eu vejo coração em tudo o que olho

Ao assinar contrato com o produtor Willie Mitchell,  Al Green lançou então o seu primeiro álbum a solo, Green Is Blues, que registou um sucesso moderado. O segundo disco Al Green Next to You também não elevou Al Green ao patamar do estrelato. Mas quando o álbum Let’s Stay Together saiu, o artista nunca mais deixou de ser reconhecido como uma das grandes vozes da História da Música.

Foi com este hit clássico que foi certificado com o seu primeiro disco de ouro e garantiu um lugar único no coração do público. 

Entretanto, a interpretação de Al Green que mais me marcou foi a da canção  How Can You Mend a Broken Heart escrita por Barry e Robin Gibb e  lançada pelos Bee Gees em 1971. 

Em 1972 Al Green gravou a canção How Can You Mend a Broken Heart   para seu álbum Let's Stay Together, que também apareceu nas trilhas sonoras de Good Will Hunting de 1997, The Virgin Suicides de 1999, Notting Hill de 1999 e O Livro de  Eli de 2010. 

Em 2008, a versão de Green foi refeita em um dueto com Joss Stone para a trilha sonora da adaptação cinematográfica de Sex and the City, com seus vocais sobredubados na faixa. E é essa que você ouvirá agora com toda a emoção do muuundo...


Mas calma,  coração quebrado, dolorido e despedaçado é apenas uma fase chata. Lembra que tudo na vida passa... E nada melhor do que ouvir mais um hit que nos faz chorar... Desta vez em edição inédita!

E que tal ler histórias de brasileiros que conquistaram o mundo cantando em inglês? Isso aconteceu na década de 70, pois era a única oportunidade que os cantores  podiam de conquistar algum sucesso na estrada da música. 

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Eu vejo coração em tudo


No final de 1968, na cidade de São Paulo, três rapazes: Paulinho Fernandes, Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban, haviam acabado de deixar a banda “The Wander Mass Group” com o objetivo de montar outro grupo que tivesse mais a ver com sua personalidade musical. No início de 1969, mais precisamente no dia 18 de fevereiro, fizeram o 1° ensaio oficial da nova banda que ainda não tinha nome. 

Pouco tempo depois, um amigo que estava sempre presente aos ensaios - Marco Aurélio (Lelo), sugeriu o nome PHOLHAS, que grafado com “PH” ficava original, sendo imediatamente aceito por todos. Anos mais tarde Lelo viria a dizer que o nome PHOLHAS foi inspirado no título de um disco dos Rolling Stones chamado “FLOWERS”.

Com sua ótima qualidade vocal e instrumental, os PHOLHAS tornaram-se em pouco tempo um dos grupos musicais mais requisitados para os bailes paulistanos, isso chamou a atenção da gravadora RCA VICTOR que os contratou, em 1972, para gravar seu primeiro disco com canções próprias, cantadas e compostas em inglês, influenciadas pelos sucessos internacionais da época.

Pholhas


O grande destaque foi “MY MISTAKE” que rendeu o 1° Disco de Ouro na carreira da banda. Mas eu não aprecio a letra dessa música, porém a melodia é muito bonita.

Na época, o grande público chegou a pensar que os PHOLHAS fossem estrangeiros, mas os rapazes sempre fizeram questão de explicar que eram apenas 4 músicos brasileiros cantando em inglês, tendo como objetivo internacionalizar seu trabalho.

Na sequência vieram os sucessos: She Made Me Cry, Forever, I Never Did Before, Get Back, My Sorrow, entre outros, firmando os PHOLHAS como um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro e internacional.

Neste ano de 2021 os PHOLHAS comemoram com muita alegria seus 52 anos, nos quais colecionaram vários discos de ouro, firmando-se definitivamente como uma das maiores bandas do cenário “pop” brasileiro, conquistando cada vez mais uma legião incrível de admiradores. E agora minha edição final da canção She Made Cry...

E após ouvir as duas, adoraria saber a sua opinião: Qual a canção que mais te emocionou? A versão de Green refeita em um dueto com Joss Stone ou She Made Cry com os brasileiríssimos Pholhas? Vocês serão parte integrante de uma pesquisa musical que estou fazendo! Participe!



Fontes de Consulta e inspiração: 

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4 comentários:

  1. Que belo texto, Dri. E que lindas imagens. A gente muitas vezes vê o que está dentro da gente. Eu gostei mais da versão de Green, mas a outra é mt linda tb. Bjssss

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    1. Sérgio, muito obrigada querido amigo!
      Capturei duas canções de intérpretes de estilos diferentes, um soul e outro pop, mas o ponto em comum está na canção que parte o coração.
      Sem contar as curiosidades da Banda Pholhas, que é brasileiríssima!!
      Eu também amo a versão do Green amigo, minha preferida, pois me emociona demais da conta!!
      Tenha um lindo restante de semana!:))))
      Beijos!!

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  2. Oi, Adriana!
    A minha alma antiga quer morar nesse teu post! :D Gostei das duas versões. Não era muito fã da Joscelyn :) até que assisti um vídeo da participação dela em um programa de TV quando tinha apenas 16 anos, cantando Super Duper Love. Percebe-se que o talento dela não foi fabricado.
    Beijus no coração!!

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    1. Luma, que máximo querida, muito obrigada pela presença maravilhosa!!
      A Joss é um doce de cantora, um talento inenarrável!!
      Também sou admiradora dela e em parceria com o Al Green, onde a voz dela foi inserida com a dele, ficou absolutamente fantástico!!
      Agradeço por ter ido ao meu canal no YouTube deixar seu carinho amiga!!
      Tenha um lindo final de semana!! :)))))

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