Pequena Miss Sunshine: Um Filme para toda a vida!



Sabe aquele filme maravilhoso que você nunca mais vai esquecer durante toda a sua vida? É Pequena Miss Sunshine. A produção independente dirigida pelos estreantes Jonathan Dayton e Valerie Faris (experientes em videoclipes) vai na contramão desse cinema protagonizado por pessoas "certinhas" e coloca personagens divertidos e humanamente comuns como protagonistas. Um roteiro dinâmico, engraçado e emocionante, fazem desta comédia um dos melhores filmes que você vai assistir em sua vida!

SINOPSE E INTRODUÇÃO

Conhece aquela família totalmente problemática? É claro que nenhuma família é verdadeiramente normal, mas os integrantes da família Hoover, extrapolam. Analise só a situação: O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio e que ser piloto de avião, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar  droga-heroína. Talvez a única pessoa mais normal seja a mãe que tenta a todo custo manter a família unida. Está chocado(a)? rsrs Bem cômico não é? Dê uma olhadinha nos personagens:

Nada funciona para o clã familiar na vida, até que a filha caçula, a desajeitada Olive, é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada. Ahhh aí que começa a grande aventura!

As filmagens ocorreram mais de 30 dias no Arizona e no sul da Califórnia, com cenas filmadas em harmonia com a ordem cronológica do roteiro. Cinco vans modificadas foram utilizadas durante as filmagens para capturar os vários ângulos dos personagens.



INTEGRANTES DA FAMÍLIA

A família da pequena Olive é o que chamaríamos de completamente desajustada. O pai, Richard (Greg Kinnear), é um psicólogo que trabalha como motivador profissional e seus discursos são sempre permeados por clichês de auto-ajuda. Para ele, o mundo é dividido entre dois grupos distintos: perdedores e vencedores. E, definitivamente, sua família não está no primeiro, mas ele prefere não admitir isso. 

A mãe é Sheryl (Toni Collette), que tenta a qualquer custo manter a família unida, especialmente no momento em que seu irmão Frank (Steve Carell) acaba de "sobreviver" a uma tentativa de suicídio. O filho, Dwayne (Paul Dano), simplesmente parou de falar e gosta de deixar claro o desprezo que sente pelos humanos em geral.

 O pai de Richard (Alan Arkin), por sua vez, gosta de deixar bem claro que é velho e, por isso, pode fazer o que quiser, inclusive reclamar do frango e cheirar suas "carreiras" de heroína. Agora, coloque esses personagens hilários dentro de uma Kombi amarela que teima em parar de funcionar a todo momento. Está formado o delicioso cenário para o desenvolvimento de Pequena Miss Sunshine. 

A pequena Miss Sunshine do título é a adorável Olive (Abigail Breslin). Aos sete anos, ela adora participar de concursos de beleza. O que é estranho, já que sua beleza não segue os padrões presentes em eventos como esses. Mesmo com enormes óculos de grau e uma adorável "pancinha", Olive sonha em ser Miss-alguma-coisa. Ela acaba sendo qualificada para participar do concurso que escolherá a Miss Sunshine. O detalhe é que ela será treinada pelo avô, que a ensaia para fazer a coreografia do desfile.



DESENVOLVIMENTO DO FILME


Alternando momentos hilários aos dramáticos, sempre relacionados às dificuldades que seus personagens têm no meio de uma sociedade que cobra valores ridículos, o roteiro é repleto de surpresas e situações engraçadas. A direção é capaz de envolver o espectador. Reunindo atores de primeiro calibre, interpretando personagens construídos de forma sedutora, o longa-metragem emociona e diverte da forma mais deliciosa possível.

É estranho pensar que um filme como Pequena Miss Sunshine demorou cinco anos para ser produzido. Isso porque seus diretores encontraram dificuldades para conseguir apoio financeiro de estúdios. E, veja só: depois de ter sido exibido no Festival de Sundance (principal janela do cinema independente norte-americano), teve seus direitos de exibição vendidos por mais de US$ 10 milhões. Somente nos EUA, rendeu US$ 55 milhões.

O núcleo central da história conta com Edwin Hoover (Alan Arkin), pai de Richard. Sendo expulso de um asilo devido problemas com heroína, este senhor acaba desenvolvendo seu lado mais humano na relação que fomenta com Olive (Abigail Breslin), filha do casal, a qual enxerga no avô o treinador responsável por manter seus aspirantes desejos de ser a Pequena Miss Sunshine. E o avô que dá força à garotinha e treina a coreografia que a menina fará no ponto culminante do filme.As cenas da garotinha com seu avô são as mais adoráveis...










Ademais, reside no forte elenco a contribuição final na construção de personagens excepcionalmente bem escritos. Alan Arkin é extremamente eficiente em atribuir a Edwin um caráter humorístico mais sombrio, mas ainda assim sincero. Sua performance condiz muito bem com a situação de um homem velho que após ter vivido uma vida dentro dos conformes sociais, agora busca em prazeres hedonistas a felicidade que nunca teve verdadeiramente. Sua relação com Olive é a mais sensível das pinceladas, sendo os diálogos mais tocantes da obra alocados na interação entre os dois.  Alan, pelo papel, ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para  seu personagem Arkin.

Em paralelo a isso, o filho de Edwin, Richard Hoover, é quem sofre a mais significativa mudança no que se refere ao seu caráter inicial. O ator Greg Kinnear lida muito bem com a passagem de um pai de família contraditório acerca de seus próprios ideias para um outro mais convicto de seus propósitos reais; um arco dramático certamente fascinante. É duro de ver o próprio ganha-pão de Richard, sua tese sobre o conflito eterno de vitória versus derrota, ser rejeitado até pelos membros de sua própria família, mesmo que este seja um percalço que o homem precisa enfrentar. 

Da mesma forma, a imagem de uma mãe imponente, que tem de lidar com uma vida sobrecarregada, é transmitida muito bem por Toni Collette. A presença da personagem é muito mais forte para seus filhos que a de Richard. A exemplificar sua força, em um dos primeiros diálogos do filme, Olive se questiona sobre a realidade dos acontecimentos relacionado ao seu tio. Enquanto Richard tenta omitir os fatos, Sheryl permite que a honestidade das coisas seja configurada. Não é para menos que a opinião de Sheryl prevalece, enquanto a de Richard internaliza-se em sua própria frustração.

Neste mesmo diálogo de Olive com seu tio, durante o almoço na mesa de jantar, as informações necessárias para se entender o personagem de Steve Carell são passadas com pouca sutileza, quase expositivas. O trabalho do ator, contudo, tornam-nas terrivelmente verdadeiras. Seu porte inquietante, de um homem nocivo a si mesmo, vai aos poucos dando origem a um alguém mais flexível aos obstáculos. Nas interações tensas e cômicas entre Frank e Richard, o escritor de autoajuda enxerga na figura do outro o retrato perfeito da ruína de um homem. Engana-se porém quem acredita que a origem da dor de Frank está no fracasso amoroso. O filme, inteligentemente, vai aos poucos dando margem a uma interpretação de que o desgaste da promissora carreira acadêmica do homem é a verdadeira causa de seu sofrimento. 

Por mais, o enigmático jovem ator Paul Dano conduz magnificamente o reflexo da “dolorosa” juventude, sem precisar de nenhuma fala para isso. Quando revelado que ele acompanhará a família na viagem, sua rejeição ao fato é calorosamente temperada pelas suas feições e, em consequência, acalmada pela assistência de Sheryl, uma confortante gravura materna. Isto revela com recato imprescindível, uma informação crucial para o entendimento de ambos personagens. Igualmente, o ator é estupendo durante a climática revelação sobre uma condição especial que lhe aflige. A cena, aliás, transmite do modo mais franco possível a suposta libertação das amarras da esperança. No mais, até mesmo o caderninho de anotações de Dwayne consegue passar tremenda transparência em sua abordagem. No final das contas, um ator que comprovaria sua competência artística por definitivo em Sangue Negro, mas que já dava sinais de sua imensa habilidade interpretativa.







Todavia, mesmo com tantos personagens e sub-arcos, o centro da história espelha-se de verdade na trajetória de Olive, a ingênua e adorável filha dos Hoover; a absoluta alma de um filme graciosamente revitalizante. Mesmo pequena, Abigail Breslin contagia o público ao representar uma garotinha que, embora propensa a inseguranças, consegue subjugar seus medos, tão poderosos para a sua mente quanto os medos adultos são para as mentes de pessoas adultas. A diferença é que, enquanto a maior parte dos adultos fazem seus próprios calvários perdurarem, Olive encontra a chave para contornar seus temores, e de sobra, contornar os maiores pesadelos de seus entes queridos. Ela que fornece o apoio a seu irmão durante a jornada...


Mesmo conduzido por algumas vias questionáveis, Pequena Miss Sunshine, surpreende intensamente ao trazer um casting espetacular, um roteiro comprometido, uma emotiva trilha sonora e uma direção proficiente. O melhor momento é o desfecho da coreografia da pequena Olive, ensinada de forma incrível pelo avô...



Na missão da menina em tornar-se a Pequena Miss Sunshine, os membros da família se redimem, não ao resolverem seus problemas, mas ao encontrarem paz nas pessoas com quem caminharão pelo mar de desafios trazidos pela vida. A vitória, afinal, não está na ausência de derrotas, mas na intenção de manter-se firme perante os obstáculos, que mesmo lhes derrubando, não precisam necessariamente destroçar a esperança, que aos trancos e barrancos, há de sempre restar.



CONCLUSÃO FINAL

Neste filme, o objetivo de todos os personagens é frustrado. Eles não conquistam nada do que eles queriam. A pequena Olive não vence o concurso, o pai dela não se torna um palestrante motivacional bem sucedido, o filho não se torna piloto... E o que é bonito é que ao menos o objetivo da menina no concurso de beleza não valia a pena alcançar. E quando ela dança o espectador do filme percebe que ela dança com inocência enquanto a sociedade tem uma visão corrompida do que está acontecendo. Veja agora a edição da dança que  acabei de publicar na minha página no Facebook com a tradução da canção.





Depois da cena da dança, a família disfuncional faz as pazes e celebra o ato espontâneo da menina. Na última cena do filme, todos empurram o veículo para fazer o motor engrenar e, um a um, entram na van. "E, finalmente, no final eles formam uma família sem nenhuma outra ambição além de celebrar o fato de que são uma família.É de chorar de emoção amigos! RECOMENDO IMENSAMENTE!!

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine) — EUA, 2006
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris
Roteiro: Michael Arndt
Elenco: Greg Kinnear, Toni Collette, Abigail Breslin, Steve Carell, Paul Dano, Alan Arkin, Bryan Cranston, Dean Norris, Wallace Langham, Beth Grant, Jill Talley, Matt Winston
Duração: 101 min.

E agora meu vídeo publicado no YouTube  Linda semana amigos!



Imagens e Gifs do Tumblr e Google Imagens  
Vídeo da Página Vivendo Bem Feliz no Facebook

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6 comentários:

  1. Esse filme é um clássico, Adriana. Eu adorei muito e vc fez uma bela resenha. Muito bom. bjssss

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    1. Sérgio, verdade querido amigo, esse filme é absolutamente incrível , um super clássico que vale a pena relembrar sempre!! Agradeço demais sua calorosa presença Sérgio!!
      Muitas vezes parece que a gente está escrevendo para o vento, mas aí você aparece e deixa um comentário e tudo fica mais bonito, obrigada!!
      Você sempre fantástico!!
      Tenha uma semana maravilhosa!!!
      Beijos!!!! :)))))

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  2. Esse filme é muito legal,Adriana! Deixo um beijo,desejando tuuuuuuuuuuudo de bom,chica

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    1. Chica, é verdade querida, esse filme é simplesmente fantástico e engloba o amor que a família conseguiu encontrar nas adversidades!! EU AMO DE PAIXÂO!!!
      Obrigada pelo carinho da presença querida!
      Tenha uma semana maravilhosa!!
      Beijos!! :)))

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  3. olá Adriana:
    tudo bom com você?
    eu não vi este filme, e achei um bocado divertido.
    quando eu puder, vou assistir e vou me lembrar de você.
    Desejo tudo de bom para você, que continue sempre com este astral tão bom e abençoado.
    grande abraço.
    :o)

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    1. Eliane, que bom em saber que quando assistir esse filme se lembrará de mim...rsrs
      O filme é uma graça!!
      Obrigada por sua presença linda e desejo de antemão um início de semana maravilhosa querida!
      Milhares de beijinhos!!! :)))

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