Homenagem à minha Vovó Zilda!

HOJE, PRECISAMENTE  7 DE DEZEMBRO,  É UM DIA MAIS DO QUE ESPECIAL PARA MIM E PARA TODOS OS FILHOS, NETOS E BISNETOS DE UMA PESSOA MARAVILHOSA QUE OCUPA O  MAIOR ESPAÇO NA MINHA VIDA E NO MEU CORAÇÃO!

Sim, estou me referindo à minha linda Vovozinha Zilda que hoje está completando 90 aninhos de vida (é claro que não deveríamos mencionar a idade de uma  jovem senhora assim, ela não vai gostar com  certeza) rsrs... mas é uma data comemorativa mais do que especial e precisa ser divulgada aos quatro ventos!

É por isso que esse dia, em nenhuma  hipótese poderia passar em branco e merece com louvor ser o primeiro post especial do Blog, o mais extraordinário de todos!

Assim, vou  alardear  aos quatro ventos o Aniversário da Vovó, uma vez que chegar aonde ela chegou, deixando pelo caminho apenas flores,  não é para qualquer pessoa não! Tem que ser uma SUPER MULHER, UMA  SUPER AVÓ!!!

Vovó, minha linda,

Tão querida Zilda!

Luz que ilumina,

Carinho que afaga,

Amor que nunca se acaba!  

Sua história de vida é de uma desbravadora!
Apesar das lágrimas que escorrem do seu rosto,  quando me conta  do sofrimento de sua juventude, vou contar  um pouquinho da sua história para todos conhecerem a mulher guerreira que sempre foi e que  jamais perdeu  a ternura. Quer começar uma viagem ao tempo agora? Vamos lá  então!!!

Ainda muito jovem, com 17 anos e recém casada com o Vovô Gervásio, foi começar a vida literalmente no meio da mata, no interior do Espírito Santo, atualmente denominada Comunidade de São Judas Tadeu. Quando lá  chegou, construiu com o Vovó uma casinha com paredes de barro e telhado de ripas de madeira para se abrigar da chuva e dos animais que na época circulavam  pela região.

Comida, ah, esse era artigo de luxo, não  existia. No início alimentavam-se de frutas silvestres colhidas na mata, principalmente de bananas. Mas imediatamente iniciaram o plantio de mandioca e demais legumes para saciar a fome. Vovô Gervásio  também caçava, era um bravo e algumas pacas e tatus da época também serviram de alimento ao casal.  Parece absurdo falar disso hoje em dia, mas há setenta anos atrás, esses animais existiam em abundância na Mata Atlântica  e quando se está com fome, qualquer alimento  é muito bem recebido.

Foi há pouquíssimo tempo que Vovó me contou esse fato que deve ser o mais arriscado de sua vida: Quando foi levar a marmita de comida  para  o Vovô na roça, deparando-se  com uma onça, a poucos metros de distância. Esse fato inédito,  ela me disse  entre   sorrisos e lágrimas, e eu  fiquei bastante entorpecida com uma história tão  fantástica.  O Vovô estava em um morro mais alto e de longe percebeu o perigo que a Vovó corria e imediatamente pegou um atalho na roça de café, conseguindo chegar até a Vovó em  tempo de pegar  sua mão e começarem a correr juntos.  Parece uma história romântica, mas poderia ter sido trágica!  A onça permanecia à beira do ribeirão  bebendo  água.  Graças à sede da fera,  que deveria estar de barriga bem cheia, hoje estou aqui narrando essa história. Caso contrário eu não existiria!!

No caso da Vovó e do Vovô a frase popularmente conhecida como "é chegada a hora da onça beber água" tem um sentido completamente diferente: Graças à sede do felino suas vidas se salvaram!  Ufa... é ou não é incrível esse fato? Me arrepio só de pensar naquela onça com o olhar parado e penetrante apenas manjando sua próxima caça! Ui!!!

Depois vieram os filhos e foi uma escadinha de 13 ( sim amigos, treze) um time de futebol completo e dois  reservas!  Infelizmente um dos bebês se foi pequenininho, logo depois de nascer,  mas os  demais cresceram fortes e muito saudáveis! Sete meninos e 5 meninas e todos nasceram de parto normal, em casa à custa de muito sofrimento. Hospital? Era um luxo e o mais próximo ficava a quilômetros de distância. Por isso todos nasciam e eram criados juntos, os  mais velhos tomando conta dos mais novos. Mas teve uma exceção: o caçulinha da Vovó, em razão de ser uma gravidez de alto risco  e por não estar na posição adequada para nascer, teve de ser encaminhada às pressas, para a maternidade da cidade. Ao nascer,  recebeu o nome de Tadeu homenageando a comunidade em que moravam São Judas Tadeu , o Santo das causas impossíveis. O Santo contribuiu com o  milagre da vida!

Bebê representando o Tadeu, o caçulinha

Com o decorrer dos anos, todos os filhos cresceram e se encaminharam na vida:  Os rapazes Vicente, José, Devanir, Geraldo, Ismael, Dino e Tadeu casaram-se e constituíram família! As meninas  Judith e Tarcila,  ainda adolescentes,  tornaram-se freiras e Irmãs na Congregação  Sagrado Coração de Maria. As demais,  Marta     (minha mamãe)  Isabel e Janete casaram-se e todas já estão com seus respectivos netinhos.

Agora a vida da Vovó em flash back 

1- A primeira imagem  é no casamento do papai e da mamãe. Ela está ali, pequenina  e  magrinha ao  lado dos noivos.  O Vovô é o segundo senhor em pé da esquerda para a direita; 

2- Vovó com seus filhos, da direita para a esquerda:   Ismael, Janete, Judith, Geraldo e Dino. 

3- Vovó com seu sobrinho Dom Décio Sossai, Bispo de Colatina e sua irmã  Maria.

4- Aqui estamos todas nós rodeando a vovó,  da esquerda para  a direita:  minha irmã Luciana, eu, mamãe e Zildinha, minha irmã caçulinha  cujo nome foi em homenagem à Vovó Zilda.

5- Toda bonitona e elegante se encaminhando para a Missa de domingo!

6-Fazendo a minha comidinha preferida: polenta no fogão a lenha!

7- Em frente ao seu lindo jardim, até parece uma flor!

8- Com sua netinha Marisa:

9- E com sua netinha mais jovem, Tais, filha do seu caçula Tadeu.

10- É claro que não poderia  faltar a foto da Vovó comigo (que por sinal sou a  primeira neta da Vovó, a mais antiga)  😀   rsrs  e  com  a Tais, sua netinha mais jovem!

E agora, para fechar com chave de ouro minha singela homenagem retratada em um pequeno vídeo  da Vovó em suas tarefas diárias, a bonita amizade com Dona Maria e  se divertindo com sua filha, nora, netos e bisnetos  a caminho do  pé de jabuticaba! 

Confiram, vale a pena! 

Obrigada por tudo Vovó!!

Abraços!!!!

Video do Canal do You Tube de Adriana Helena

Imagens do meu arquivo pessoal