Barry White: A paixão grandiosa do mestre do Soul






O mestre do Soul Barry White surpreende qualquer um que ouça uma de suas canções.E eu sempre sonhei em  editar uma de suas músicas até que finalmente o dia chegou!

Mas não pense que foi fácil compreender a introdução da música "You're the First, the Last, My Everything", principalmente para quem não tem fluência em inglês como eu 😁. Mas a gente dá nossos pulinhos não é? Após o prólogo da música,  ela adentra  em um espetáculo de vida, de cor e muito romance. Barry sabia como encantar e enaltecer  com letras belíssimas.

Pequena Biografia de Barry

Nascido em 12 de setembro de 1944, no Texas, Barry White nos deixou cedo demais. Parafraseando uma de suas próprias letras - ele tinha muito mais para oferecer (referindo-se ao seu hit que deu nome ao seu álbum de estreia em 1973, "I've Got So Much to Give"). Rei indiscutível do boudoir disco, mestre da Champaign soul e do R&B, o artista era de um talento impecável. 


Barry White


White emocionou o mundo com os sons da Motown, misturados com a influência revolucionária do Sound of Philadelphia de Gamble e Huff, com a assistência luxuosa da Love Unlimited Orchestra. Uma vez que o grande homem se apresentava com aquela voz imortal baixo-barítono - certamente uma das mais reconhecidas do planeta -, ninguém resistia. 


Ele marcou tantos sucessos, conquistou discos de ouro e platina (singles e álbuns) e subiu ao pódio duas vezes como vencedor do Grammy, que é justo dizer que ele é raro, um verdadeiro ícone cultural. Com um compilado de mais de 100 milhões de projetos espalhados pelo mundo, Barry White é, de fato, um dos artistas que mais vendeu de todos os tempos. 


Começou a explorar o mundo da música no início dos anos 1960, quando ele trabalhou como arranjador musical para grandes nomes do circuito Northern Soul. A sorte surgiu para ele quando descobriu as artistas do Love Unlimited. O álbum de 1972, "From a Girl's Point of View We Give to You... Love Unlimited", vendeu um milhão de cópias e lançou sua popularidade. 

Ouvir Barry é como adentrar em uma galáxia 

Encorajado a fazer suas próprias demos, Barry, que inicialmente planejava adotar o nome artístico de "White Heat", lançou seu primeiro álbum solo em 1973 (cujo título já foi mencionado). Foi um sucesso no topo da parada Billboard R&B, contendo canções exclusivas de White, especialmente a faixa-título e "I'm Gonna Love You Just a Little More Baby", hinos do gênero. 

Ainda em 1973, o prolífico cantor presenteou o público com "Stone Gon", soul mais épico e prolongado, com o frisson adicional de "Never, Never Gonna Give Ya Up" - com toda a sedução ofegante, cordas atingindo picos e uma linda corrente de tons sintetizados que anunciaram o nascimento da discoteca.

Um gênio. Essas músicas, juntamente com a sempre sensual "Can't Get Enough of Your Love, Babe" e a afirmação quase espiritual da vida, "You're the First, the Last, My Everything", solidificaram White como um mestre do romance. No entanto, ele também poderia desafiar os limites da excelência técnica


"You're the First, the Last, My Everything", solidificou White como um mestre do romance.

No meio dos anos 70, o cantor estava fazendo discos de platina em tempo integral. E caso você tenha alguma dúvida sobre essa afirmação, procure o primeiro álbum "Greatest Hits" dele - é altamente recomendado e excelente para a validação da oração. 

Com "Let the Music Play", ele manteve sua coroa de R&B intacta à medida que a década de 1970 chegava ao fim, provando que sua crença inabalável nos poderes curativos do soul era possível, como evidenciado em projetos como "The Man" e "I Love to Sing the Songs I Sing", seu último álbum pela 20th Century-Fox Records. 

Barry continuou lançando álbuns e singles ao longo dos anos 1980. Ele era conhecido por suas letras românticas e sensuais, o que o tornou um ícone da música para casais apaixonados. 

Barry é um ícone da música para casais apaixonados


À medida que a Era Disco terminava, o sucesso de White era menos dramático e menos frequente, mas ele nunca desapareceu completamente da cena. Ele teve alguns sucessos menores durante esse período.

No entanto, seu verdadeiro retorno ao grande público ocorreu com o álbum “The Icon is Love” (1994), que recebeu aclamação da crítica, foi indicado ao Grammy e celebrado por sua abordagem moderna ao trabalhar com Jam e Lewis. O destaque deste disco é a faixa "Practice What You Preach", que o levou de volta ao topo das paradas de R&B pela primeira vez em quase 20 anos. 

Em 1996, ele gravou duetos memoráveis, um com Tina Turner, "In Your Wildest Dreams", e outro com Chris Rock, "Basketball Jones", um cover da música de 1973 de Cheech & Chong, gravada para o filme Space Jam, que trouxe uma nova geração de fãs para suas músicas. 

Infelizmente, em 1999, lançou “Staying Power”, que seria seu último álbum. A faixa-título rendeu-lhe dois prêmios Grammy. White já havia sido indicado à premiação nove vezes, mas essas foram suas primeiras e únicas vitórias. Além disso, por sua interpretação marcante de "Low Rider" de War e "Thank You" de Sly Stone, ficou evidente que ele ainda tinha muito a oferecer. 

Sentimos profundamente a falta de sua musicalidade, e White nos deixou com alguns dos sons mais envolventes e sensuais do cânone do R&B. Postumamente, ele foi introduzido no Dance Music Hall of Fame em Nova York e também recebeu a cobiçada estrela na Calçada da Fama de Hollywood. Isso não é surpreendente quando se considera que ele era um perfeccionista com ouvidos e olhos atentos ao que mantém o público cativado. 

Sobre a música "You're the First, the Last, My Everything"


Dois corações que se tornam apenas um nas canções de Barry White



A música "You're The First, The Last, My Everything" de Barry White é uma celebração apaixonada do amor e da admiração que o cantor sente por sua amada. A letra expressa um sentimento de exclusividade e singularidade, enfatizando que não há ninguém mais como ela.

A amada é descrita como a resposta para todos os sonhos do cantor, uma metáfora que ilustra a ideia de que ela é tudo o que ele sempre quis e precisou.

Barry White utiliza imagens poéticas para descrever a importância da pessoa amada em sua vida, comparando-a ao Sol, à Lua e a uma estrela-guia, elementos que são essenciais para a orientação e a vida na Terra. 

Pura poesia nas canções do Barry


Essas comparações reforçam a ideia de que a amada é fundamental para a existência do cantor, sendo sua fonte de luz e direção. A música também aborda a ideia de um amor eterno e inabalável, com o cantor prometendo manter seu amor para sempre.

A canção transita entre a realidade e o sonho, indicando que, embora a amada seja uma presença real e tangível na vida do cantor, o amor que ele sente é tão intenso que parece surreal. 

A repetição das palavras "first" e "last" reforça a noção de que a amada é o começo e o fim de tudo para o cantor, encapsulando a totalidade de suas emoções e desejos. 

A música é um hino ao amor romântico, celebrando a pessoa amada como o centro do universo emocional do cantor.

No caso de Barry White, é impossível escolher sua melhor música, mas editei essa por ser um ode à pessoa amada. Suas compilações são muito fortes, e seus álbuns estão repletos de pérolas menos conhecidas que continuam a atrair o interesse dos apreciadores de música. Fiquem agora com a edição da semana!


Referências:

Imagens e Gifs do Google Imagens e do Tumblr

Seu comentário é muito bem-vindo! Obrigada!

8 comentários:

  1. Olá, beleza?

    Tudo beleza como a beleza dessa música super idealizada do amor? Isso não é uma crítica, como escreveu Pessoa, todas as cartas de amor são ridículas...rs
    Suas edições são sempre muito bem feitas, parabéns por compartilhar sempre boas músicas e boas histórias. Deixo aí um pedacinho de Fernando Pessoa..

    Todas as cartas de amor são
    Ridículas.
    Não seriam cartas de amor se não fossem
    Ridículas.
    Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
    Como as outras,
    Ridículas.
    As cartas de amor, se há amor,
    Têm de ser
    Ridículas.
    Mas, afinal,
    Só as criaturas que nunca escreveram
    Cartas de amor
    É que são
    Ridículas....

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    1. Eduardo, que legal que tenha gostado da edição da semana com o Barry White. Como eu sempre compartilho aqui neste blog e nos demais, eu não sei escrever poemas, poesias, crônicas como vocês...A minha pequenina fonte de fazer arte é subtrair de uma canção, imagens para deixá-la mais visível e com fácil entendimento das palavras ( inserindo a tradução). Por isso que meu esforço está todo lá naqueles vídeos. :))))
      Que maravilha que tenha deixado conosco um poema de Fernando Pessoa... Na escola eu estudei ele como Álvaro de Campos, um poeta português que nos presenteou com essa obra prima. Barry White também compunha suas canções de forma " ridícula" e ninguém o fez tão bem quanto ele!
      Obrigada amigo, foi um achado encontrá-lo nesta imensa internet que tem tantas passoas, mas as que tocam verdadeiramente a nossa alma são raras. E você é!!
      Abraços e uma linda semana!! :)))))

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  2. Bom dia, Adriana
    Linda canção romântica, obrigada por compartilhar, é gratificante quando o amor é correspondido, um forte abraço.

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    1. Boa tarde querida Lucinalva, que encanto que tenha apreciado a edição da semana! Confesso que as canções de Barry possuem letras afáveis, muito belas .E como disse, é maravilhoso quando o amor é tão bem correspondido assim!!
      Beijos querida e uma semana linda, com muito carinho!!!

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  3. Adriana, minha nova amiga musical!
    Que bacana você vir com o mestre Barry White! Pra mim, ele, Louis Armstrong, Zé Ramalho, Johnny Cash e Michael Jackson, tem as vozes mais inconfundíveis de todos os tempos. No caso das mulheres a Tina Turnner, a Big Mama Thorton, Aretha Franklin, Angela Maria e a Sister Rosetha Thorpe, são as minhas musas das vozes.
    O que não quer dizer que esses são os artistas que mais gosto, pois por exemplo a Joan Jett, que não canta nem metade dessas acima é na minha opinião a maior estrela do rock feminino, e inclusive ela tem a façanha de me fazer gostar de todas as musicas de todos os discos dela, e isso não se repete com mais ninguém.
    Mas voltando à sua postagem maravilhosa, eu tinha um pouco de preconceito com o Barry White, ele fez algumas musicas melosas demais pra mim, ainda mais na minha adolescência punk. Mas o tempo foi passando e hoje eu dou à ele um grande valor, principalmente à voz. Eu acho que se ele tivesse ido pelo lado do Marvin Gaye, e tocado acompanhado por bateria, orquestra, guitarra, baixo, naipe de metais e menos sintetizadores, ele seria muito mais legal.
    Mas hoje eu já gosto dele.

    Vou te dar uma dica, de um cara desconhecido, pra você pesquisar: Bobb Hebb, procure a história e a discografia desse cara, tenho certeza que vai amar.
    Ele só gravou dois discos, mas fez uma das músicas mais lindas que conheço Sunny, que fez sucesso na voz de Johnny River.
    A história dessa musica é linda.
    O Bobb estava chocado com a morte de John Kenned e no mesmo dia o irmão dele foi morto à facadas na saida de uma balada, o Bobb estava do outro lado do pais em um show, aí ligaram pra ele avisando sobre a morte do irmão.
    ele então, no quarto de hotel, compôs Sunny, que é uma musica em que ele nega que o mundo é ruim, e que as pessoas e o mundo apesar das atrocidades, podem ser bons. É uma canção de amor.
    Parabéns Adriana, o seu trabalho é muito bem feito.
    Desculpe o tanto que escrevi.
    Um beijão!

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    1. Nossa André, quanta informação valiosa para mim!!FIQUEI MUITO FELIZ!!
      Eu fico encantada quando as pessoas vem ao post e realmente leem as informações compartilhadas e ainda deixam dicas preciosas que vão garantir o prosseguimento do blog neste tema tão envolvente que é a música.
      Louis Armstrong, o que falar desse mestre? Ele é ESPETACULAR!!
      Os demais que citou como Michael Jackson e Tina Turner tem cadeira cativa consagrada em meu coração e só não consigo editar uma canção deles em razão dos direitos autorais das músicas deles que é bem rigorosa na distribuição. Aretha Franklin, Angela Maria e a Rosetha são as maiores divas e eu incluo junto a elas a Nina Simone que realmente ganhou o meu coração todinho!!
      Joan Jett da banda The Runaway é uma lembrança maravilhosa Andre, eu até havia me esquecido dela, mas é uma grande precursora do rock!
      feminino e toca guitarra que é uma maravilha.
      Ahhh e prepare-se que Marvin Gaye é um dos que também vão aparecer por aqui, pois é impossível não se apaixonar por suas canções.
      Em relação ao Bobb Hebb eu também aprecio, apesar de não conhecer a discografia deste mestre. Mas sei, inclusive, que o Leo Jaime destruiu a canção mais maravilhos dele, a que você mencionou, "Sunny," com uma versão em português cuja letra faz corar até os mais moderninhos dos anos 80. Bem, anos 80 foi uma loucura nas letras dos roqueiros brasileiros, mas nesta o Leo extrapolou qualquer limite....Toda a poesia da letra de Sunny original foi violentamente dilapidada. Um horror!
      Bem querido, obrigada por deixar esse assunto tão empolgante!! Eu gosto demais de conversar sobre tudo isso!!
      Tenha um restante de semana maravilhoso!!! ;)))))
      Abraços e um restante de semana maravilhoso!! :))))

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