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GLADIADOR: Filmes Épicos não precisam de continuação
Um dos filmes mais marcantes do cinema e que passa uma mensagem motivacional sensacional. Gladiador permanece vivo na memória de todos e hoje você vai relembrar as batalhas e as grandes cenas deste épico que completou 24 anos. Já Gladiador II, lançado em novembro de 2024, não chega aos pés deste épico que, mesmo recorrendo ao primeiro filme para tentar fazer o público simpatizar com o novo protagonista não conseguiu trazer a emoção necessária.
A trilha sonora do I é arrepiante e foi vencedora do Oscar. Como uma obra de entretenimento, Gladiador é insuperável. As cenas de batalhas de gladiadores proporcionam emoções sem fim e o diálogo entre os personagens se forja com a intriga política, o desejo de poder e as realidades em conflito. Um clássico inesquecível.
"Gladiador II " é uma continuação que, apesar de trazer de volta a grandiosidade do original de Ridley Scott, não consegue capturar totalmente a magia e a profundidade do filme de 2000. A trama segue o filho de Maximus, Lucius, agora adulto, imerso em um império romano em decadência, lidando com questões de poder, vingança e honra. A direção de Scott mantém a grandiosidade visual, com cenários e cenas de batalha impressionantes, mas a narrativa peca por falta de originalidade e não oferece a mesma intensidade emocional do primeiro filme.
A atuação de Paul Mescal, como Lucius, é sólida, mas não chega aos pés de Russell Crowe, que deixou uma marca indelével como Maximus. O filme sente a ausência de um protagonista tão carismático, e, apesar de Mescal ter um desempenho competente, seu personagem não gera a mesma empatia.
Em resumo, "Gladiador 2" é um filme que tenta honrar o legado do original, mas não atinge a mesma força emocional. Um espetáculo visual competente, mas falho no desenvolvimento de personagens e narrativa, careceu do impacto emocional e da profundidade do original. Apesar das atuações de um grande elenco como Denzel Washington e Pedro Pascal e da direção competente de Ridley Scott, o filme luta para justificar sua existência além de ser um tributo ao sucesso de 2000. É uma experiência cinematográfica que vale pelo espetáculo, mas deixa a desejar no que realmente importa: uma conexão significativa com o público e um enredo memorável. Por isso enaltecerei neste post o primeiro e único GLADIADOR!
Breve Narração da História
O ano é de 180 d.C. e o general romano Maximus, servindo ao seu imperador Marco Aurélio, prepara seu exército para impedir a invasão dos bárbaros Germânicos. Após o combate, Maximus fica sabendo que Marco Aurélio, já velho e ciente de sua morte, quer lhe passar o comando do Império Romano. Mas há de se observar que a trama onde Commodus, filho do imperador, mata o pai, assumindo o comando do império, não é historicamente verídica. No filme, Commodus, assumiu depois de assassinar seu pai, como vingança por este não o escolher como sucessor ao trono, preferindo Maximus.
Enquanto Commodus, assume o trono, Maximus que escapa da morte, torna-se escravo e gladiador, travando batalhas sangrentas no Coliseu, a nova forma de divertimento dos romanos. Maximus, disposto a vingar o assassinato de sua mulher e de seu filho, sabe que é preciso triunfar para ganhar a confiança da plateia. Acumulando cadáveres nas arenas, o gladiador luta por uma causa pessoal, de forma quase que solitária e leva benefícios ao povo, submetido pela política do "pão e circo".
Nesta vida ou na próxima eu terei minha vingança.
Maximus sabe que o controle da multidão será vital para que possa arquitetar sua vingança, que culmina em um combate com o próprio Commodus: De general a escravo, de escravo a gladiador.
O general que virou escravo. O escravo que virou gladiador. O gladiador que desafiou o império.
Se existiu na última década um crescimento exponencial de filmes que mergulhavam no gênero “espada e sandália”, isto deve-se ao sucesso de Gladiador, produção que propôs esse revival e que não tinha vergonha alguma de beber completamente na fonte de Ben-Hur (1959) e Spartacus (1960), dois dos filmes mais emblemáticos do estilo. Ainda que seja bastante derivativo destas duas produções supracitadas, Gladiador tem méritos que as demais não possuem: conseguir trazer de volta Roma e o Coliseu em toda a sua glória. Ponto para o diretor Ridley Scott, um visionário!
O roteiro é assinado por David Franzoni, John Logan e William Nicholson e conta a história de Maximus (Russell Crowe), um general fiel aos mandos do César Marcus Aurelius (Richard Harris). Em sua última batalha, o guerreiro só quer voltar para casa e reencontrar mulher e filho. No entanto, o imperador tem outros planos para seu homem de confiança: colocá-lo no poder para que consiga retirar as maçãs podres do império e restituir à Roma sua grandeza. Quem não gosta nada desta história é Commodus (Joaquin Phoenix), filho do César e que almeja ardentemente o trono.
Seu desejo é tão intenso que não o impede de matar o pai e roubar o poder para si, não sem antes mandar assassinar Maximus e sua família. O general consegue escapar, mas não a tempo de salvar seus entes queridos. Machucado, desolado e sem propósito de viver, Maximus é capturado e vendido como escravo para o empresário de lutas Proximo (Oliver Reed), que logo percebe o talento que tem em mãos. Maximus renasce como "O Espanhol" e dá alegria ao povo que o observa lutar na arena. Com sua força reabilitada, o ex-general encontra um novo objetivo de vida: vingar a morte de Marcus Aurelius, homem que amava como a um pai, matando o traidor Commodus. Para isso, no entanto, Maximus precisará sobreviver aos combates sanguinários na maior arena de Roma, o Coliseu.
Os Prêmios de Gladiador
Gladiador recebeu cinco prêmios da Academia, incluindo Melhor Filme, e foi um grande sucesso nas bilheterias. Falando assim, nem parece que o longa-metragem teve um processo complicadíssimo para ser realizado. Em primeiro lugar, o roteiro foi escrito e reescrito diversas vezes, com os atores tendo de decorar as falas no set. Os lugares comuns do script e as diversas frases de efeito irritavam o elenco. Richard Harris se recusava a decorar novas falas. Russell Crowe implicava com o texto. Não queria dizer de forma alguma a frase: “Terei minha vingança, nesta vida ou na outra”. Até que foi convencido por Ridley Scott, ao qual teria dito:
Esse texto não é bom, mas sou o melhor ator do mundo e consigo transformar lixo em algo bom.
Oliver Reed brigava nos bastidores e nutriu uma antipatia enorme por Crowe. Para piorar, o intérprete de Proximo faleceu durante as filmagens e o roteiro teve de novamente ser mudado e efeitos especiais deram um final diferente ao personagem de Reed. Só por esses problemas e por ter se mantido são, Ridley Scott mereceria a estatueta de Melhor Diretor (que acabou indo para as mãos de Steven Soderbergh naquele ano).
Crowe tinha razão em uma coisa: a profusão de frases de efeito incomodou-o um pouco, mas acabou por tornar-se lenda...
“O que fazemos na vida, ecoa na eternidade”
“Ao meu sinal, liberte o inferno”,
“Sombra e pó”
E todo o tipo de sentença épica que tenta martelar no espectador que estamos vendo um filme grandioso. O romantismo do general que se agacha para sentir a terra da batalha nas mãos é cinematográfico, mas vai de encontro aos planos propagados de Ridley Scott em não cair nos clichês do gênero. Assim espectador encontrará um épico que vale a pena ser assistido.
Curiosamente, esta relevância tem muito a ver com a performance do (difícil) elenco que Ridley Scott conseguiu juntar. Russell Crowe até pode ser uma ator complicado de se trabalhar, como sempre se ouve dizer, mas sua performance como Maximus é completamente convincente. Temos de acreditar que aquele homem conseguiria liderar uma horda de guerreiros, que teria carisma para ser amado pela plebe, que seria forte o suficiente para enfrentar e vencer os desafios na arena. Crowe nos faz acreditar. Não diria que transforma lixo em algo bom. Mas o ator consegue ser Maximus de forma épica, como o papel pedia.
Joaquin Phoenix, por sua vez, dá a seu Commodus uma maneira afetada de príncipe mimado, nutrindo uma paixão incestuosa por sua irmã, Lucilla (Connie Nielsen), e movendo cada peça do seu plano através do ciúme e da insegurança. Ator dos mais talentosos de sua geração, Phoenix é um adversário à altura ao Maximus de Crowe. Os veteranos do elenco Richard Harris, Derek Jacobi e Oliver Reed emprestam sua grandeza aos personagens que interpretam, deixando o filme ainda mais interessante.
Com cenas de batalha muito bem conduzidas e efeitos visuais impressionantes, Ridley Scott conquista o espectador com sua visão de Roma. Ao assistirmos o povo recebendo o pão e o circo e ao nos confrontarmos com o tamanho do Coliseu – e da barbárie que lá recebia – difícil não relembrar das aulas de história, quando apenas ouvíamos falar daquele período. Logicamente, Gladiador não deve ser visto como um retrato fidedigno da época, mas os cuidados da produção nos fazem crer, durante o desenrolar do filme, que estamos sendo testemunhas da História.
Primeiro dos vários trabalhos conjuntos entre Ridley Scott e Russell Crowe, Gladiador marcou para o ator uma grande reviravolta na carreira, quando começou a conquistar mais espaço em Hollywood. Já o diretor nunca esteve tão perto de vencer seu Oscar, ainda que tenha feito filmes melhores no passado (Alien, Blade Runner) e no futuro (O Gângster). Nada mal para um filme complicado de ser produzido, mas nada difícil de ser conferido.
Como uma obra de entretenimento, Gladiador é insuperável. As cenas de batalhas de gladiadores proporcionam emoções sem fim, e o diálogo entre os personagens se forja com a intriga política, o desejo de poder e as realidades em conflito. Russell Crowe é magnífico em seu papel de herói Maximus e uma das cenas mais memoráveis é quando revela sua verdadeira identidade ao imperador Commodus em plena arena de batalha do Coliseu.Por que você deve assistir Gladiador:
Nobre em suas intenções e poderoso como líder, Maximus representa o ideal de honra e cavalheirismo. Uma dessas raras filmes que oferece ao seu público um verdadeiro interesse emocional no resultado, Gladiador está cheia de suspense de alta octanagem e emocionantes sequências de ação. Se você gostou de Coração Valente ou The Patriot, de Mel Gibson, então você vai adorar Gladiador.
Sobre a canção Now We Are Free
A trilha sonora de Gladiador é um espetáculo à parte e foi lançada em 25 de abril de 2000 pela Decca Records. As músicas foram originalmente compostas por Hans Zimmer e Lisa Gerrard. A letra da canção-tema do filme, "Now We Are Free", performada pela cantora australiana Lisa Gerrard, contém uma língua inventada.
Em muitas de suas canções, principalmente em "Now We Are Free", Lisa Gerrard usa uma idioglóssia (uma linguagem idiossincrática) que ela desenvolve desde seus doze anos de idade.
Lisa Gerrard usa uma linguagem idiossincrática na canção "Now We Are Free" |
O álbum ganhou o Globo de Ouro de melhor trilha sonora original e também foi indicado para o Oscar e para o BAFTA de melhor trilha sonora. Muitos, inclusive confundiam a performance de Lisa Gerrard em "Now We Are Free", com a cantora ENYA. Lisa Gerrard é musicista, cantora e compositora australiana, e foi premiada com o Globo de Ouro em 2000, pelo brilhante trabalho feito com Hans Zimmer na Trilha Sonora do filme Gladiador.
Hans Florian Zimmer é um compositor alemão, conhecido por seus trabalhos com trilha sonoras de vários filmes. Hans possui mais de 110 prêmios de 178 indicações na carreira, sendo o segundo compositor de trilha sonoras para filmes mais premiado da história, ficando atrás apenas de John Williams que possui 112 prêmios de 231 indicações segundo o IMDb.
Nascido em Frankfurt, Zimmer iniciou sua carreira musical tocando teclados e sintetizadores, Nos anos 80, começou a compor e produzir trilhas sonoras para filmes. Seu primeiro grande sucesso veio em 1988 com o tema de Rain Man, pelo qual foi indicado ao Oscar. Desde então, tem composto música para muitos filmes como O Último Samurai, Gladiador, Falcão Negro em Perigo, Hannibal, O Código Da Vinci, Pearl Harbor, Interestelar e Missão Impossível.
Confesso que foi complicado inserir a letra original da canção com a respectiva tradução para o português, uma vez que trata-se de uma língua totalmente criada pela cantora australiana Lisa Gerrard. Mas o resultado ficou belíssimo. Assista o vídeo até o final, pois o General Maximus se identificará em plena arena: uma das melhores cenas de Gladiador, sem sombra de dúvida!! Até a próxima!
O vídeo épico de Gladiador com a letra de "NOW WE ARE FREE"
Confesso que foi complicado inserir a letra original da canção com a respectiva tradução para o português, uma vez que trata-se de uma língua totalmente criada pela cantora australiana Lisa Gerrard. Mas o resultado ficou belíssimo. Assista o vídeo até o final, pois o General Maximus se identificará em plena arena: uma das melhores cenas de Gladiador, sem sombra de dúvida!! Até a próxima!
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