É gente, 2024 terminou e 2025 começou. O meu final de ano foi muito conturbado, bem como o princípio do ano novo. O que me consola é que nada dura para sempre. Tanto a felicidade como a dor e o sofrimento chegam e também se vão... É o ciclo da vida.
A partir deste momento, filmes que me fazem refletir sobre o passado e nossas escolhas presentes e futuras me levou até o Sr. Ninguém ( Mr. Nobody, de 2009). Recomendo assistir, é incrível!
Gosto demais de filmes que nos fazem refletir como estamos vivendo nossos dias. A rotina está presente na maioria da pessoas e pode dominá-las e deixá-las impassíveis. Pesquisando pela internet um site me indicou alguns filmes sobre esta interessante temática. Qual foi minha tamanha surpresa ao ver a indicação desta obra do cineasta belga Jaco Van Dormael e me interessar imediatamente ao ver o trailer de “Sr. Ninguém”.
Título Original: Mr. Nobody
Direção: Jaco Van Dormael
Elenco: Jared Leto, Chiara Caselli, Clare Stone, Daniel Brochu, Diane Kruger, Juno Temple, Sarah Polley.
Logo no início do filme somos apresentados ao Sr. Ninguém, um idoso de 118 anos que é o último homem mortal numa sociedade em 2093, onde pessoas desfrutam de uma tecnologia que renovam suas células eternamente.
Nemo com 118 anos
Numa narrativa realmente desafiadora e original, o Sr. Nemo Ninguém é assediado pela mídia futurista por ser o último homem mortal que está prestes a falecer. No hospital recebe consultas de um médico que lhe aplica hipnose lhe rendendo a capacidade de acessar memórias.
Em outro momento, é visitado por um jovem jornalista que lhe faz perguntas sobre o passado. Logo de cara, você fica sem entender pra quem ele está contando suas lembranças e depois o motivo das lembranças contadas parecerem contraditórias.
Isso mesmo. Você não tem ideia do que vai assistir e nem de uma ideia central no filme. Mas esperem amigos, não desistam! É tudo um grande jogo muito inteligente!
Se você realmente quer assistir o filme pare de ler agora e vá assistir esta obra magnífica. Pois agora é o momento que começam os spoilers.
O filme aborda de forma sensível em seus diversos cortes de múltiplas realidades temas interessante como: Alzheimer, bullyng, transhumanismo, família disfuncional, conflito intergeracional, perda, primeiro amor, esquizofrenia, transtorno bipolar, aceitação, além de vários outros que nos surpreendem a cada momento.
As abordagens filosóficas que giram em torno de trabalhar com as consequências de nossas escolhas na vida também visitam teorias como: “efeito borboleta”, teoria da singularidade, probabilística e multiverso. Você deve estar se perguntando como pode ter tanta coisa num só filme, mas você vai encontrar isso nas 2 horas e 37 minutos de duração bem aproveitados. É incrível!
Visualmente, o filme é um colírio aos olhos. Com uma beleza na fotografia e nos atores, havendo ótima congruência no casting, pois Nemo (Sr. Ninguém ) em suas fases da vida é bem interpretado pelos atores mirins. Assim como a personagem Anna. A câmera nos transporta entre planos envolventes e sedutores. Exemplo é o núcleo de paixão adolescente entre Nemo e Anna. Jared Leto está atuando muito bem como idoso e em todos os outros núcleos.
Mas vamos falar sobre o jogo que me referi anteriormente. As memórias de Nemo são uma espécie de quebra cabeças com pistas em cada nova peça para elucidar o mistério. Sabemos que a infância de Nemo até os 9 anos foi única até o momento em que os pais se divorciam e ele, numa cena linda numa estação de trem, tem que escolher se quer ir embora com a mãe ou ficar morando com o pai.
Antes disso, Nemo conta que antes de encarnar como filho daquele casal não foi tocado por um anjo para fazê-lo esquecer de suas memórias passadas, e ao que parece ele nasce com o dom de ver o futuro. Assim, todas as múltiplas realidades que Nemo vai vivendo constituindo famílias diferentes, morrendo de formas diferentes e tendo resultados diferentes, na verdade, não são flashbacks, mas flash fowards (cenas futuras) de timelines de sua vida que vão se separando a partir de escolhas diferentes.
Isso mesmo, desde o momento da despedida na estação de trem os desdobramentos da vida de Nemo vão se ampliando e sendo mostrados no filme. Até que no final do filme a morte do idoso Nemo nos revela que tudo que estão vivendo até ali são conjecturas da cabeça de um menino de 9 anos. Conjecturas estas que são potencializadas por Nemos de outras idades que foram crescendo.
Ao morrer o idoso Nemo volta então à idade de 9 anos e percebe quais são as melhores escolhas que deve fazer na vida para tentar alcançar a tão desejada felicidade.
Por isso amigos, assistam o Sr. Ninguém! É um ótimo filme que só se compara a obras como Amnésia, Efeito Borboleta ou Show de Truman em sua abordagem filosófica.
O que aprendi com o filme:
Feliz ou infelizmente só podemos viver uma vida, sem direito a olhar pra frente nem para trás. Praticamente tudo nela envolve uma escolha, até mesmo uma não-escolha é uma escolha. E, uma vez que a escolha não é feita, tudo permanece possível... Daí que, como dito em determinado momento do filme "tudo na nossa vida poderia ter sido de um jeito diferente e ainda assim teria o mesmo significado".
Você também notará que Nemo nunca desprezou nenhuma vida que teve.... mesmo as ruins, porque nas ruins ele aprendeu mais. E a vida é assim. Nos dias ruins aprendemos, nos dias bons aplicamos e aproveitamos.
E assim é o ciclo. Sabedoria para suportar os dias ruins e aprender com eles...E sabedoria também para aproveitar os dias bons. Sabendo que a vida será sempre o meio termo entre os polos e que nenhuma fase dura pra sempre, nem o bom, nem o ruim...
Um sábio uma vez disse ao seu Rei no seu pior dia de derrota e medo, quando tinha perdido até o reinado:
A canção que editei para combinar com o filme é do Secret Service em dueto com Agnetha Fältskog do Abba.
Amigos, é claro que esse filme incrível precisava de uma edição especial. E é com a banda sueca Secret Service, mais conhecida pelos seus sucessos na década de 1980. A sua canção mais popular foi "The Way You Are" que me encanta profundamente.
Em 1979, Ola Håkansson, ex-vocalista do grupo Ola & the Janglers e então um publicitário da Sonet Records, juntou-se a Tim Norell e Ulf Wahlberg para escreverem algumas canções, que mandaram para o Melodifestivalen, um popular festival de canções sueco.
Eles não venceram, mas resolveram continuar trabalhando juntos e mudaram o nome de Ola+3 para Secret Service. Ao lado de Ola Håkansson (vocal), Tim Norell e Ulf Wahlberg (teclados), a formação original incluiu Tony Lindberg (guitarra), Leif Paulsen (baixo) e Leif Johansson (bateria).
Norell escreveu com Håkansson a maioria das canções da banda, no entanto não apareceu com eles no palco ou nas capas dos discos. Em meados dos anos 80 Norell e Håkansson começaram a escrever e produzir canções para outros artistas.
O dueto de Ola Håkansson com a ex-ABBA Agnetha Fältskog, na canção "The Way You Are", ganhou o compacto de ouro na Suécia e com essa música eu homenageio vocês, meus queridos amigos! Tomara que apreciem. Beijos a todos!!
Isso mesmo. Você não tem ideia do que vai assistir e nem de uma ideia central no filme. Mas esperem amigos, não desistam! É tudo um grande jogo muito inteligente!
Se você realmente quer assistir o filme pare de ler agora e vá assistir esta obra magnífica. Pois agora é o momento que começam os spoilers.
O filme aborda de forma sensível em seus diversos cortes de múltiplas realidades temas interessante como: Alzheimer, bullyng, transhumanismo, família disfuncional, conflito intergeracional, perda, primeiro amor, esquizofrenia, transtorno bipolar, aceitação, além de vários outros que nos surpreendem a cada momento.
O filme aborda temas complexos de forma sensível |
As abordagens filosóficas que giram em torno de trabalhar com as consequências de nossas escolhas na vida também visitam teorias como: “efeito borboleta”, teoria da singularidade, probabilística e multiverso. Você deve estar se perguntando como pode ter tanta coisa num só filme, mas você vai encontrar isso nas 2 horas e 37 minutos de duração bem aproveitados. É incrível!
Visualmente, o filme é um colírio aos olhos. Com uma beleza na fotografia e nos atores, havendo ótima congruência no casting, pois Nemo (Sr. Ninguém ) em suas fases da vida é bem interpretado pelos atores mirins. Assim como a personagem Anna. A câmera nos transporta entre planos envolventes e sedutores. Exemplo é o núcleo de paixão adolescente entre Nemo e Anna. Jared Leto está atuando muito bem como idoso e em todos os outros núcleos.
Nemo e Anna adolescentes |
Mas vamos falar sobre o jogo que me referi anteriormente. As memórias de Nemo são uma espécie de quebra cabeças com pistas em cada nova peça para elucidar o mistério. Sabemos que a infância de Nemo até os 9 anos foi única até o momento em que os pais se divorciam e ele, numa cena linda numa estação de trem, tem que escolher se quer ir embora com a mãe ou ficar morando com o pai.
Antes disso, Nemo conta que antes de encarnar como filho daquele casal não foi tocado por um anjo para fazê-lo esquecer de suas memórias passadas, e ao que parece ele nasce com o dom de ver o futuro. Assim, todas as múltiplas realidades que Nemo vai vivendo constituindo famílias diferentes, morrendo de formas diferentes e tendo resultados diferentes, na verdade, não são flashbacks, mas flash fowards (cenas futuras) de timelines de sua vida que vão se separando a partir de escolhas diferentes.
Isso mesmo, desde o momento da despedida na estação de trem os desdobramentos da vida de Nemo vão se ampliando e sendo mostrados no filme. Até que no final do filme a morte do idoso Nemo nos revela que tudo que estão vivendo até ali são conjecturas da cabeça de um menino de 9 anos. Conjecturas estas que são potencializadas por Nemos de outras idades que foram crescendo.
Nemo e seus pais na estação de trem
Ao morrer o idoso Nemo volta então à idade de 9 anos e percebe quais são as melhores escolhas que deve fazer na vida para tentar alcançar a tão desejada felicidade.
Por isso amigos, assistam o Sr. Ninguém! É um ótimo filme que só se compara a obras como Amnésia, Efeito Borboleta ou Show de Truman em sua abordagem filosófica.
O que aprendi com o filme:
Feliz ou infelizmente só podemos viver uma vida, sem direito a olhar pra frente nem para trás. Praticamente tudo nela envolve uma escolha, até mesmo uma não-escolha é uma escolha. E, uma vez que a escolha não é feita, tudo permanece possível... Daí que, como dito em determinado momento do filme "tudo na nossa vida poderia ter sido de um jeito diferente e ainda assim teria o mesmo significado".
"Cada caminho é um caminho certo".
Você também notará que Nemo nunca desprezou nenhuma vida que teve.... mesmo as ruins, porque nas ruins ele aprendeu mais. E a vida é assim. Nos dias ruins aprendemos, nos dias bons aplicamos e aproveitamos.
E assim é o ciclo. Sabedoria para suportar os dias ruins e aprender com eles...E sabedoria também para aproveitar os dias bons. Sabendo que a vida será sempre o meio termo entre os polos e que nenhuma fase dura pra sempre, nem o bom, nem o ruim...
Um sábio uma vez disse ao seu Rei no seu pior dia de derrota e medo, quando tinha perdido até o reinado:
Tenha calma, meu Rei. Este dia vai passar rapidamente, nada dura para sempre!
A canção que editei para combinar com o filme é do Secret Service em dueto com Agnetha Fältskog do Abba.
Amigos, é claro que esse filme incrível precisava de uma edição especial. E é com a banda sueca Secret Service, mais conhecida pelos seus sucessos na década de 1980. A sua canção mais popular foi "The Way You Are" que me encanta profundamente.
Em 1979, Ola Håkansson, ex-vocalista do grupo Ola & the Janglers e então um publicitário da Sonet Records, juntou-se a Tim Norell e Ulf Wahlberg para escreverem algumas canções, que mandaram para o Melodifestivalen, um popular festival de canções sueco.
A Banda Secret Service
Eles não venceram, mas resolveram continuar trabalhando juntos e mudaram o nome de Ola+3 para Secret Service. Ao lado de Ola Håkansson (vocal), Tim Norell e Ulf Wahlberg (teclados), a formação original incluiu Tony Lindberg (guitarra), Leif Paulsen (baixo) e Leif Johansson (bateria).
Norell escreveu com Håkansson a maioria das canções da banda, no entanto não apareceu com eles no palco ou nas capas dos discos. Em meados dos anos 80 Norell e Håkansson começaram a escrever e produzir canções para outros artistas.
O dueto de Ola Håkansson com a ex-ABBA Agnetha Fältskog, na canção "The Way You Are", ganhou o compacto de ouro na Suécia e com essa música eu homenageio vocês, meus queridos amigos! Tomara que apreciem. Beijos a todos!!
Olá, Adriana.
ResponderExcluirAchei interessante a história do filme. Eu já andei rabiscando uns textos sobre esses temas. Há pouco escrevi um texto sobre "quase" e "se", não sei se você chegou a ler. Mas é sobre isso. Que caminho minha vida tomaria "se" acontecesse isso e não aquilo ou se algo "quase" não tivesse acontecido. São temas que me intrigam. Vou procurar pelo filme.
Não conhecia a banda.
abraços
Eduardo, creio que você deve gostar destes tipos de filme. Por acaso já assistiu Efeito Borboleta com o ator Ashton Kutcher? Pois é, é quase nesta esfera, mas um pouco diferente...Mas só assistindo mesmo para sentir o teor da história, que é muito envolvente e intrigante!!
ExcluirGrata pelo carinho da presença, aproveito para desejar um Feliz 2025, ainda dá tempo não é mesmo?
Fica bem!! :))))
Adriana, mesmo com perrengues e atribulações, novo ano iniciamos e importa é que sempre damos jeito de tudo resolver e tudo passa!
ResponderExcluirFeliz novo ano pra ti e adorei ler sobre esse filme que parece ótimo e fornece várias lições de vida! beijos, tuuuuuudo de bom,chica
Chica, eu me sinto como se um caminhão tivesse passado em cima de mim, tamanho o peso das responsabilidades.... E acontecer na virada do ano nos faz refletir o quanto a vida é efêmera e que no final estamos mesmos é sozinhos.
ExcluirAhh, assista o filme Sr. Ninguém, você vai gostar!Tem na PRIME video e eu encontrei um link no YouTube com o filme: https://youtu.be/bzgBGax7i9k?si=P7y4F23TvHnSk51u
Beijos e um feliz ano novo amiga querida!! :)))))))