A Casa do Lago
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O Que Aprendi com A Casa do Lago
Um filme lindo que você precisa assistir: A Casa do Lago com os atores Keanu Reeves e Sandra Bullock. A primeira vez que você assiste pode até parecer confuso… Mas curiosamente, o desejo de tornar a vê-lo depois, nos faz compreender mais sobre o tempo e as sensações no filme abordadas. E te digo que é emocionante! Venha!
A emoção de assistir a Casa do Lago:
Vamos então saber o conteúdo desse filme ? Vou desvendar o nó que o Keanu Reeves e a Sandra Bullock deram, revendo a história com muita calma e explicando bem direitinho para vocês.
O solitário arquiteto Alex Wyler (Keanu Reeves) compra uma velha casa de vidro à beira de um lago e encontra em sua caixa de correio um recado da ex-inquilina, a também solitária Dr. Kate Forster (Sandra Bullock). Ela pede ao morador atual que entregue suas correspondências em um endereço no centro da cidade. Mas, quando Alex vai ao endereço, ele encontra um luxuoso complexo de apartamentos ainda em construção. Isso porque ela está vivendo em 2006 e ele, em 2004.
A Casa do Lago é um filme do ano de 2006, que conta a história de amor de Alex Wyler e Kate Forster que se conhecem devido a um pequeno paradoxo: as cartas que eles depositam no correio de sua casa conseguem atravessar o tempo e parar com a outra pessoa.
Assim, o filme vai mostrar como esse contato muda a vida das personagens, numa viciante narrativa que celebra o poder da palavra.
A trama é ligeiramente confusa e por isso estou aqui para desatar todos os nós: Quando Kate deixa sua carta para que o próximo dono da casa possa enviá-la sua correspondência, em 2006, quem a recebe é Alex, em 2004. 😲 Como assim? Isso mesmo!
A famosa Casa do Lago |
A trama é ligeiramente confusa e por isso estou aqui para desatar todos os nós: Quando Kate deixa sua carta para que o próximo dono da casa possa enviá-la sua correspondência, em 2006, quem a recebe é Alex, em 2004. 😲 Como assim? Isso mesmo!
Eles estão separados pela barreira do tempo. Os dois anos que os separam serão, aos poucos, esquecidos, à medida em que eles conversam e passam a se conhecer melhor, transformando o seu desejo na encarnação mais cruel de “relacionamento à distância”.
Eles percebem o fenômeno porque Kate se desculpa, em sua carta inicial, pelas patas de cachorro pintadas na ponte que dá acesso à casa, dizendo que elas já se encontravam lá na sua chegada, assim como uma caixa no porão (ela será crucial mais tarde na estória).
Eles percebem o fenômeno porque Kate se desculpa, em sua carta inicial, pelas patas de cachorro pintadas na ponte que dá acesso à casa, dizendo que elas já se encontravam lá na sua chegada, assim como uma caixa no porão (ela será crucial mais tarde na estória).
Quando Alex procura as duas coisas, entretanto, não as encontra; e, um dia depois, seu próprio cachorro mancha a ponte ao andar sujo de tinta. Isso acontece porque Kate viveu numa casa do lago que já tinha sido modificada pela vivência de Alex, isto é, ela pode observar esses detalhes porque eles aconteceram em 2004. Interessante não é?
O cãozinho Jack é o elo que une o casal à distância |
Ao longo da convivência e da vontade de se encontrar, o cachorro Jack é o elo que une os dois. Só poderia mesmo ser um cão né gente? Que coisa mais fofa! Ele faz com que, por exemplo, Alex consiga ver Kate pela primeira vez, ao fugir e obrigá-lo a segui-lo até a casa de um homem, o qual era o namorado dela em 2004 e planejava sua festa de aniversário surpresa. Tendo sido convidado, Alex aparece na festa e a vê, mas sabe que ela ainda não tem ideia de quem ele é – para Kate, eles só se conhecerão dois anos depois.
Neste encontro Kate ainda não conhece Jack e eles só se conhecerão dois anos depois |
Apaixonado, Alex decide marcar um encontro com Kate em 2006 e, para isso, reserva o restaurante ainda em 2004. Essa é uma das suas demonstrações de afeto, de forma que ela decide aceitar o convite; só que ele nunca aparece.
A dor dessa rejeição faz com que Kate perceba que ela não pode viver esperando por alguém que não pode estar com ela. Por isso, ela pede que eles não se falem mais e deixa-o ir, o que não será bem aceito: Alex continuará escrevendo para ela todos os dias.
Quando ele finalmente decide se mudar da casa do lago e seguir em frente, em muito devido ao apoio do seu irmão, todas as cartas são colocadas numa caixa no sótão. Essa é a caixa que ficou abandonada durante todo o tempo que Kate viveu na casa do lago, dois anos depois.
Depois de muito tempo separados, Alex finalmente chega ao ano de 2006 e se lembra de uma das primeiras cartas que Kate enviou, quando ela dizia onde esteve no Dia dos Namorados desse ano. Nós veremos essa cena nos primeiros 10 minutos de filme, quando ela presencia um acidente e um homem morre mesmo com todos os seus melhores esforços. Isso é citado em sua carta pela reflexão que causa na personagem, que era uma médica formada à pouco e iniciando sua carreira.
Por nunca ter superado sua paixão por Kate, Alex corre de volta à casa do lago, onde ele guardou todas as cartas que eles tinham trocado, inclusive as que recebera, na caixa do sótão.
Depois de muito tempo separados, Alex finalmente chega ao ano de 2006 e se lembra de uma das primeiras cartas que Kate enviou, quando ela dizia onde esteve no Dia dos Namorados desse ano. Nós veremos essa cena nos primeiros 10 minutos de filme, quando ela presencia um acidente e um homem morre mesmo com todos os seus melhores esforços. Isso é citado em sua carta pela reflexão que causa na personagem, que era uma médica formada à pouco e iniciando sua carreira.
Por nunca ter superado sua paixão por Kate, Alex corre de volta à casa do lago, onde ele guardou todas as cartas que eles tinham trocado, inclusive as que recebera, na caixa do sótão.
Os encontros e desencontros das cartas escritas na Casa do Lago |
Enquanto isso acontecia com ele, Kate se encontrava no ano de 2008, prestes a notar uma grande coincidência que muda o rumo da história. A empresa de arquitetura escolhida por ela e pelo namorado para fazer o projeto da sua nova casa é, justamente, do irmão de Alex. Como também fora marcada pelo seu contato, ela pergunta por ele e, assim, descobrirá que ele morreu num acidente, atropelado no Dia dos Namorados.
É aqui que a confusão começa: Alex é o homem que morreu nos braços de Kate em 2006, antes mesmo que eles estivessem conversando através da casa do lago. Quando ele “falta” ao encontro, meses mais tarde, não é uma falta: é um impossibilidade, pois ele já está morto. E como ele foi parar ali? Logo depois do momento em que o deixamos, buscando nas cartas onde ela estaria no Dia dos Namorados.
Um aspecto importante de entender é que a mudança no passado não tem alterado o que aconteceu com quem já está no futuro. Quando Alex planta uma árvore em frente ao prédio de Kate para protegê-la da chuva, a árvore aparece, mas a carta que falava sobre a chuva não deixa de ter existido. Portanto, se Kate conseguisse avisá-lo a tempo para que não fosse ao seu encontro naquele Dia dos Namorados, Alex ainda poderia sobreviver, mesmo que na realidade como ela conhece isso não tenha acontecido.
Visto que Alex ainda estava no sótão da casa do lago na última vez que o vimos, é possível imaginar que ele passe pela caixa de correio e veja que o seu sinalizador está para cima, o que indica que Kate deixou a sua carta. Carta essa que o avisa do perigo de ir vê-la nesse dia e que pede, uma última vez, que ele espere por ela. Se ele puder fazer isso, ela estará na casa do lago, no Dia dos Namorados, dois anos depois – assim, a forma mais segura de saber se ela enviou aquela carta a tempo é esperar. Esperar que ele apareça, ali, no único lugar e no único tempo nos quais eles sabem que é seguro se verem de novo.
Imagine o nosso alívio quando, na ponta da calçada e olhando para Kate sentada na praça – na qual ela tinha visto Alex morrer -, ele tem uma carta em mãos. Por mais perto que esteja, ele precisa compreender que não é dessa forma que eles voltarão a se ver. É com essa percepção que ele consegue estar vivo, em 2008, e na casa do lago.
Como eu torci para um desfecho feliz desta história |
A Casa do Lago, assim, construiu uma estória na qual o tempo se entrelaça e se influencia. Se no início de 2006 Kate ainda não o conhecia e não teve como avisar que ele se machucaria, o que fez com que Alex andasse diretamente para a sua morte, quando ele chega a 2006 e, portanto, ela está em 2008, a situação é outra e surge a oportunidade de avisá-lo e salvar a sua vida.
E essa é a vida, cheia de paradoxos que, sim, podem ser mais simples do que esse, mas que nos desafiam e mostram que todo dia ainda é preciso lutar. Bullock e Reeves trouxeram um romance de ternura, simplicidade e sinceridade que encanta – e confunde – até hoje.
Um lindo romance para assistir muitas vezes |
O que aprendi com a Casa do Lago:
Já explicito que ele se torna mais interessante ao ser revisto do que ao ser visto pela primeira vez. É mais possível acompanhar o mergulho de reflexões das personagens com menos crítica, com menos preciosismo e com mais liberdade imaginativa.
Kate e Alex mantém um relacionamento à distância por 2 anos, e quando eles se descobrem apaixonados um pelo outro, entram em uma corrida contra o tempo, para finalmente se encontrar.
Essa é a mensagem mais marcante do filme pra mim. Deixe nos comentários as suas impressões sobre ele também! Mas antes veja minha última edição com as imagens da película ao som da canção da Banda Player - Baby Come Back-
Sobre a Canção Baby Come Back do Player
"Baby Come Back" é uma canção do grupo de pop/rock Player escrita pelos músicos e compositores JC Crowley e Peter Beckett. Gravada em 1977, aparece no álbum de estreia Player, lançado pela RSO Records e foi a única que lhes deu sucesso durante a carreira.
Assim, deixa de realmente importar o que é possível ou não na nossa realidade, essa que conhecemos e ficar somente com as elaborações e evoluções de compreensão da vida que nos cerca.
Em outras palavras, talvez não seja possível um reencontro através da barreira temporal como acontece com o casal do filme, nem é possível mudar o passado como o conhecemos hoje. Mas é possível olhar para ele à luz de uma compreensão mais madura, mais serena.
Essa é a mensagem mais marcante do filme pra mim. Deixe nos comentários as suas impressões sobre ele também! Mas antes veja minha última edição com as imagens da película ao som da canção da Banda Player - Baby Come Back-
Sobre a Canção Baby Come Back do Player
"Baby Come Back" é uma canção do grupo de pop/rock Player escrita pelos músicos e compositores JC Crowley e Peter Beckett. Gravada em 1977, aparece no álbum de estreia Player, lançado pela RSO Records e foi a única que lhes deu sucesso durante a carreira.
A canção alcançou a #1 da Billboard Hot 100 entre em 1978 e foi uma das canções mais memoráveis do grupo desde aquela época até hoje.
Representa vários estilos: rock, pop rock, o soft rock e a música disco. Com este hit da banda foi eleita pela Billboard como "nova e melhor banda de rock'n'roll" no mesmo ano. Tomara que aprecie!!Até mais!!
Inspirações: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-59315/
Olá! Adriana Helena boa noite 🌙 que postagem!
ResponderExcluirO que dizer... quando você sente que sua vida está sendo narrada diante de seus olhos, e a emoção toma conta de cada frase lida... o que é verdadeiro não morre, não importa se rios, montanhas ou mares, existe entre dois almas que se amam... tudo fica mais forte... os encontros e desencontros, não basta esquecer ou ignorar, a esperança renasce a cada lembrança... A cada carta escrita, a cada detalhe vivido.. Apaixonado há não é só riso, há também lágrimas, e as lágrimas de amor são, como o orvalho da noite que rega o jardim, em todo coração que ama um jardim é cultivado, e a essência mais pura de uma alma floresce. que música linda... obrigado, seu post foi realmente maravilhoso.❤
Olá, que belíssimo comentário, muito obrigada!!
ExcluirSimm esse filme é simplesmente uma poesia em verso narrada nas cartas...Como é belo acompanhar o desenrolar da história com todas as suas nuances, as expectativas, os desencontros....O amor crescia e o tempo os impedia de um encontro real!!
E puxa, você escreve lindamente, encantou meus olhos e refrescou minha alma!! Ceio que conheço essas palavras, esse modo de escrever suave me é familiar, mas como aqui no blog tantas pessoas escrevem fica complexo decifrar quem é que aqui deixou tantas palavras bonitas!!
Boas vindas sempre, volte o mais depressa que puder, pois aqui não deixou o seu nome para que pudesse agradecer com mais afinco!!
Tenha um maravilhoso final de semana!! :))))
Adoro esses filmes que abordam instigantes paradoxos temporais, a ruptura da linearidade do espaço-tempo; afinal, nada é realmente absoluto, tudo é relativo. Lembrei do antigo filme "Em algum lugar do passado".
ResponderExcluirTenha uma boa semana. Sem paradoxos. Rs rs rs...
Um abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Olá Antonio, muito obrigada pelo carinho do rico comentário!!
ExcluirAhh eu também já escrevi sobre o Filme Em Algum Lugar do Passado, é maravilhoso, um encanto, um dos meus favoritos!
Tenha um excelente final de semana!! :)))))
Thank you friend!!!
ResponderExcluirKisses!!
Que trama interessante, Dri. Nunca tinha ouvido falar desse filme. Gostei. Bjsss
ResponderExcluirSérgio, que incrível, esse filme é um dos que me marcou e a história é mesmo bastante interessante! Quando você puder ver, realmente vale a pena!!
ExcluirBeijos e um lindo restante de semana!!